terça-feira, 6 de março de 2012

Amacolhar

Imagem: Rola Chang




Tudo fala quando silêncio cala .

Um borro de exumado decoro.

O vento sopra próprio alento.


Tempo estático ao conta-gotas, todas possibilidades iguais à acontecer, até ser.
Fadigado em meio palavroso, tantos prolixos mentais dos quais quiçá, já, não mais.
Pois sois clara-mente, ao ver nu, tudo; quando fostes o primeiro à postar-se em sigo.
Não pretendia, não queria, nada dizia à confraria de hipocrisia.
Busca algo mais, além de tais, aquém fugaz, em-fim cais.
Onde nada se toca; casta presença itaoca.
Diz tudo calado; luto à palavra.
Ama com olhar.

Um comentário:

  1. O silêncio é uma divindade cujo nome não devemos nem ousar dizer, apenas sentir. Lindo o seu texto!

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