sábado, 24 de agosto de 2013



Painting by Leonid Afremov



Restos


Há um resto de noite pela rua
Que se dissolve em bruma e madrugada.

Há um resto de tédio inevitável
Que se evola na tênue antemanhã.

Há um resto de sonho em cada passo

Que antes de ser se foi, já não existe.

Há um resto de ontem nas calçadas
Que foi dia de festa e fantasia.

Há um resto de mim em toda a parte
Que nunca pude ser inteiramente.

Ildásio Tavares

sexta-feira, 9 de agosto de 2013







D'arritmia à Melancolia,
Enquanto a vida percorria,
Era tudo o que pedia,
Mas nada do que queria;

Queria as respostas que o Universo escondia,
Contudo, mais perguntas e questões empetalada cedia; Em cada perceber seja-noite-seja-dia…

Como em cada gole, o derradeiro, em cada encontro em que se-m-bebia.

Quando Gélido era frio que nem eskimo permitia, e quando quente, frita ardente, que nem mesmo o sol face polia.

Tons entre Tons

Sorvia intreteiro, sincopo arteiro, em sua poética revelia, para que os de outras, lhe valha, possam  mais um pouco de ar, um transbordo a mais, um pouco mais de vida.