terça-feira, 11 de setembro de 2012

Alma dançante


Quando o vi, apenas a curiosidade de saber quem é, depois a afinidade...

O contato com arte faz isso, tem uma certa liberdade, e falou de onde eu tinha vindo como quem quer e tem medo. Foi dito sobre as asas que tem e as que queria ter.

Enquanto em aula apenas um artista de entrega total e com orgulho de fazer bem feito o que se faz, mesmo de forma imatura. O contato seguinte foi de total equilibrio, mais a sintonia já estava lá. Veio a lua cheia e com ela toda a vida que corre em minhas veias. O cenario é sempre rodeado de arte, e assim é pois somos assim, libertinos, loucos, desesperados, gostamos do limite, do novo e do desafio, somos artistas. E foi nessa hora que rolando no chão o seu achou o meu e brincamos feito crianças de olhos fechados, o tempo não parou nem a música, a pele dele sentiu a minha e a minha tão pouco queria mais e mais contato. Sempre! 

Do resto só apareceu de lá bem longe a aula. A atenção que vos dedico.
O perfume, o ar, o relogio, a luz, o conto isso passou. E os dias junto! Tudo... mais aquele momento ficou no pensamento, virou historia...
No outro houve olho no olho!
Uma prosa com hora marcada pra acabar.

Falou-se do ar, mar, solo, do contato, do resto, da voz, da cor, de amor, e compartilhamos um segredo: O cigarro e a ansiedade! A fumaça e o pensamento voando. Uma aventura de leve...levitando. Nada mais. Quando foi apenas o abraço apertado que faz doer.
A lembrança a mais e a continuação da historia.
Sensação de alegria adiada, paciencia trabalhada.
Chega passar despercebido. Quem iria saber que o cupido rondava aquela rua?
Pre determinado o proximo...tempo o suficiente para se preparar, quando numa noite 6 dias antes tudo acontece. Tudo. Acontece.Viagem! Tranferencia..

O telefone toca...surpresa. Sua voz, sua alegria, minha alegria, num dia onde todos forão convidados praquela festa onde todos menos eu fui. E fui. No caminho me perdi. Me perdi no caminho..sem saber o que fazer, pra onde ir...calma...e então achei você ali onde combinamos, do jeito como combinamos. Dois amigos, no posto, no mercado, no elevador, na rua, no carro, nos corredores, nos assuntos...e para.

A quimica é grande. A conexão indiscutivél. No papo ele não teme suas proprias palavras parece que nem as mede, hoje já não sei, era um jogo? Disse tudo que eu penso, tem o verbal, sem medo do julgamento. Passou confiança, eu confiei! Disse, e disse e depois me deixei....pela musica, pelo vinho, pela meia luz... e ainda o oléo, seu toque, respiração, palavras, calor e conexão. Eu na varanda, eis que é você aqui comigo...meu espelho, fez meu riso, trouxe calor...e arrepio. Não quero sair, eu adio o melhor...quero eternizar tudo isso. Ta dificil. Voltemos...a musica acabou, salvou, mais do que? Volta e escolhida a musica, volta ao objetivo...foco, raridade. Pedido. Serei eu, aquele que eu deixei dormindo aos 15, ou 16 ou no amor de adolescencia.

Eu sou de peixes e você do mar. Somos dois nele. Na cabeça... a liberdade, no olhar o convite pra perda, entro sem pedir? Faço sem avisar? Deixo como estar? É eu deixo. Me deito e assim estou entregue. Você já sabe o que é preciso saber...cantou pra mim, falou de coisas do mar, da filosofia, das ideias que são minhas e assim agente fez. O amor não sei!? Intimidade...os corpos nus, belos, mil vezes se aproximando e afastando tudo ao mesmo jeito e tempo e noite com lua nos seduzindo, eu só queria ela. Ainda não chegou ao fim. Essa noite nunca acabou. Ela esta aqui na minha mente e no meu sonho. Isso saiu do controle. Sua camisa em mim e a minha jogada no chão. Vi seu corpo andando por ali, indo e depois vindo com mais filosofia, arte, musica, poesia e significados. O corpo pede, a boca esta seca. Mais já esta na hora! Tinha sala, cozinha, banheiro, sacada, e quarto. Na sala a poesia, meia luz de abajur, o vinho derramado no chá cor de carmim no claro..tudo lindo. Na varanda a lua feiticeira. No banheiro o espelho que revela a beleza do momento. Na cozinha a arte em canto...é um jogo, primeiro você depois eu... vamos nos despir e mostrar nosso eu, vem Gal, Chico, Catto, Lana, Maria de Medeiros, Djavan, e a poesia outra vez. Embalos!!! Tudo nos leva pra lá...caidos nos braços...entre pernas e abraços. Conhecia ainda pouco, porque razão querer? A ciência não explica, estamos nos quarto...essa obra de arte vem no quadro.. fecho os olhos e sinto...com a ponta dos dedos sua arte... sinto energia, boa energia...mais o coração quer complicar, deixarei acontecer e que venha o que quero dizer...descobri tudo sobre você naquela sua pintura, chegou a te assustar, então parei. Percebe? Você também esta despido diante de mim, também sente medo. Eu te amo de Chico Buarque. É intenso demais. Rola sobre meu rosto uma lagrima, e você antes no chão agora sobre mim, acolhendo e falando o que não ouço, quero ouvir,mais não estou ali... depois volto. A musica ainda não acabou, eu já nem ligo mais... isso tudo é outra coisa. Quando acaba a proposta: Eternizar! Mais como eternizar algo que já esta tatuado em mim? O lado bom? Tudum, tudum a musica não para, estamos loucos...entre nós somente sua camisa em mim... no quarto a luz da noite. Parece que vem de lá.

Pra purificar.
A natureza, lua, sol,calor, frio, e agora a aguá quente sobre os corpos, tudo que é meu, tudo que é seu. na rua nada parece como quando cheguei. Pra que saber das horas? Nem sei se quer como me chamo.
Colchões, lenções, brisas, mar...
Parece até que nada parece. 

Temos um trato: Quando se for, é como se nada tivesse sido. 

Isso é um reencontro carmico. Bom demais até pra Nelson Rodrigues. Como fazer pra ir embora? Como irei? 

O Jô já foi há 5 horas, logo nos acompanha o sol e com ela o que? a REALIDADE? Já não quero mais. 
Estamos indo. Existe algo...quem sabe a distancia.

Meu erro: Sentimental.


Sheila Scarllet Matias








Nenhum comentário:

Postar um comentário