quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Esgueiro

O sono me pesa as ideias e nada resolvido.
Como pode tantas pessoas a amar..
Como, tanto espaço no coração se ele é finito,
Onde cabe tanto rosto, tantas lembranças..

Quem vai me contar o que será dele dessa vez?
Quem será a minha.. segurança ou âncora..
Quem disse que tem fim.. que o coração ama,
se ele só bate, se bate, se ele só ama...? e morre.

Quem disse se morre, se sempre bate de tempos
em tempos, pessoas em pessoas. Como pode?
Como pode sempre querer ser mais sendo menos
do que ele próprio almeja, sendo só um, ou mais.

Das quais já nem pertence mais, agita em alarde
sabendo que cada batida arde em sua disciplina,
como um ponteiro, conta gostas, engrenagem.
Mais uma passagem no tempo, esgueiro, ponto.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011


    Tudo em muito silêncio se resguarda,
      Cênico, olhos passeiam em aguardo.
        Em guarda, claustro-gota ebulição.

        Em fé seguro feito vão.

        terça-feira, 8 de novembro de 2011

        Madrugada


        São 28 para as 2 e ele continua acordado entre romances clichês e desenhos de humor ácido. Ele tem seus dias ácidos e ainda sustenta o romance em seu amores inacabados e aos iminentes, mas hoje, sua cabeça lateja incontestável. Expande e contrai em ritmo cardíaco, e nem uma aspirina, nem água ou algo para comer pode desritmar essa dança embaralhada do escarlate em suas entranhas. Já não tem mais forças para questionar as luzes da cidade, ou porque os acasos parecem mais coincidência quando mais lhe assustam.. ou teu coração? As perguntas que ele faz toda vez que alguém se aproxima, mesmo que com um olhar apenas, e silêncio.. pra que tanto vazio repleto de intenções meu pai?


        Ele espera algo puro apesar de sujar as mãos por diversão,

        E ele segue na contra mão apesar da correnteza lhe moldar a carne,

        Muitas vezes parecendo ser feito do mesmo material que lhe conduz.

        Estava cansado de meias palavras, de ser-vir o Ego,

        E a cada volta tudo se aprecia mais vazio e sem sentido.


        Na medida em que a medida

        Não se mede nem se mensura,

        Nem com juros, juras ou jus.


        E tudo aterrissa, ameniza, anestesia..

        com brisa, blues, bues, um banho frio…

        um sono, um sonho, um som.