Domingo ventoso
No crepusculo as luzes dançam entre os predios;
O pouco que sobrou do verde, embalança no soprar;
Fraguimentos de individualidade acontecem a todo momento;
Lembro-me do sentimento, do que é estar vivo;
Sobe o cheiro de arruda e alecrim;
Entreaberta, a janela susurra sobre as folhas da escrivaninha;
Contrastosa, a paisagem me confunde;
Blocos de pedra e lindos vivos troncos;
A rua pacata, empata em silêncio;
Os velhos a descansar e os jovens a beber e a fumar;
Eu a escrever.. um lindo aprender em um mero retratar;
Pois quem me acompanha é o vento, lento.. sempre na sua;
Logo o sol se vai;
Puxando uma linha que se esvai;
Entre a lua e as estrelas;
Para que possamos encontrar nossas raizes novamente;
Em um eminente novo dia.
Incrível João.
ResponderExcluirO que eu descrevi como desespero você mostrou em delicadeza, vida e movimento. As palavras dançam como se fossem jogadas ao vento. As rimas brincam e nos iludem que vão aparecer, mas essa musicalidade em ritmo quebrado não permite isso acontecer.
Achei muito inteligente a atmosfera e o cenário que descreve o acontecimento. Absolutamente nada acontece, exceto a valorização do momento.
Muito bom!
Parabéns!
Felipe.
Lindo João! Adorei a descrição do seu momento combinando cheiros, movimentos e imagens imediatas. Suave e delicado...delicioso de se ler!
ResponderExcluirParabéns. Beijos
Marcela