domingo, 30 de agosto de 2009




Domingo ventoso




No crepusculo as luzes dançam entre os predios;


O pouco que sobrou do verde, embalança no soprar;


Fraguimentos de individualidade acontecem a todo momento;


Lembro-me do sentimento, do que é estar vivo;




Sobe o cheiro de arruda e alecrim;


Entreaberta, a janela susurra sobre as folhas da escrivaninha;


Contrastosa, a paisagem me confunde;


Blocos de pedra e lindos vivos troncos;




A rua pacata, empata em silêncio;


Os velhos a descansar e os jovens a beber e a fumar;


Eu a escrever.. um lindo aprender em um mero retratar;


Pois quem me acompanha é o vento, lento.. sempre na sua;




Logo o sol se vai;


Puxando uma linha que se esvai;


Entre a lua e as estrelas;


Para que possamos encontrar nossas raizes novamente;




Em um eminente novo dia.




2 comentários:

  1. Incrível João.

    O que eu descrevi como desespero você mostrou em delicadeza, vida e movimento. As palavras dançam como se fossem jogadas ao vento. As rimas brincam e nos iludem que vão aparecer, mas essa musicalidade em ritmo quebrado não permite isso acontecer.

    Achei muito inteligente a atmosfera e o cenário que descreve o acontecimento. Absolutamente nada acontece, exceto a valorização do momento.

    Muito bom!
    Parabéns!


    Felipe.

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  2. Lindo João! Adorei a descrição do seu momento combinando cheiros, movimentos e imagens imediatas. Suave e delicado...delicioso de se ler!

    Parabéns. Beijos

    Marcela

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