segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Poesia de asas

Me esvaziei meu bem, 
Até chegar ao fundo de eu
Doeu, tudo clareou, vagou, engrandeceu
Me peguei sem apego, sentindo bem
Lumiou e iluminou tudo
Fez balançar num sopro mudo
Eu vi que eu não quero, não tenho, não sou
Aqui te sinto e lhe desejo o bem, meu bem
Onde a avidez de ser nem chegou

modifico-me pra ver se fico em mim, e edifico-me.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Poetar

                             
Poetar é preciso
Certo desalinho
Pontelíneo..

Um certo peso
Tipo inerente
suavidade voraz

Um tanto loquaz 
tanto mar
Tanto

Quando de graça
cantos teus
descobre - devolve

Des-nu-da 
de roupa
de leve

E de novo
e nós
tudo

Se foder
só fodendo
e ser foda

Nada de mais
só alcool 
sozinho

E de novo
comigo
giz

No universo
quase verso
do que já

Era tempo
passo
pés

Ponta de dois
compasso
pisco

Peste visão
que lumia
encontra