terça-feira, 8 de abril de 2014

vazio crativo

Gosta de ver os corpos em movimento, não nega um trago de vida oferecido em vão e por estranhos se apaixona. Confere-lhe a falta de dinheiro, ainda mais o excesso de tédio acumulado nas telas brilhantes e distantes do amor; com a frágil aparência que moderna coerência lhe oferece, que gasta em prece aos ouvidos invisíveis do todo. Perniciosamente leviano gasta teus dias entre poesias não lidas, paixões mau passadas e o cultivo de tua linguagem obtusa, à recusa de se assemelhar ao comumente mediano-fato de não saber-te como ser. Indagos, planos escorridos e sobre tudo a gana esganada de pertencer mais e querer menos, mesmo com a alma esfomeada de poeta repleta de vazio criativo.