sexta-feira, 24 de maio de 2013





Não sei se estou louco, ou se é o pouco de poesia que me resta; atenta minha sã liberdade de não escolher, que me espreita, olhar a olhar, fixado em teus pulsos e lábios serrados com os quais me profere um sorriso ingenuamente insinuante. Eu já não te vi por ai? disse, como quem pergunta se a cerveja já gelou, em poucos metros de espaço entre nossas temperaturas, com um chichi vermelho e pernas de fora, se abaixou para pegar algo devolvendo-me um ar reticente que nunca me tinha ocorrido…
Não me lembrava mais o do porque estar ali, não me fazia respeito também desrespeitar tamanha discrição, ousada, sutil; mesmo a mercê de outras possíveis interpretações neuróticas, pendi minha cabeça para a mochila em mãos e disse, talvez… Ouço isso o tempo todo. Talvez a pior saída de todas de todos os tempos, me visitando em plena luz da noite, em pleno acaso de paixonite a primeira pergunta me desmontou feito boneco, à troviscadas em sequencia e digna clara cara da querência, sai como nada fosse.
Como podia eu, tornar-me um outro, perante uma outra, que nem mesmo saberá o outro lado do mesmo? Como pude, onde estava que não ali? questionei-me vezes e vezes durante minha saída.
Agora admiro a distância… com tua perfeita silhueta tingida à estêncil, pencil
de pensar em falar o que penso, quando olhas assim…