sábado, 24 de março de 2012

Mudo


Mudo..

Mas certas coisas ainda vão me emocionar;
Outras ainda, a me indignar.

Muito esquecerei de mim, para outro;
E pouco esperarei, faço por que faço;

Quero por que quero e ainda espero..
Que não espere, que se espante ou não.

Mas que cale, que firme tácita atenção.
Aos manifestos do hoje, ao que pôde,
ao que pode!

sábado, 17 de março de 2012

Não mais tinto (Gracias Chica.)














Trépido instante de susto, e você chegou.

Tive hesitação espontânea por não, apenas, te observar.

Uma troca de gentilezas, afinidade sinestésica, reverência;

Um outro susto e não conseguia levar minha atenção a nada além.


Volúpia distinta e já não me habitava mais.

Volvi-me de perguntas sem respostas, tinto, postei-me á..

Tabaco enfumaçado e uma pausa entre os frescos anseios;

Tão pouco atento e já ébrio, pude realmente sentir sinuoso brilho.


Untei-me claro e não mais tinto; e sorriso.

Usava das palavras que não lhe diziam berço, o mesmo.

Vestiu-me, ali, tamanha atmosfera, onde pouco podia fazer;

Voltava-me, via-me aos cantos, sorria, como que quase uma dança.


Solvi pequenas vitais bobagens, tímidas.

Sussurrei-lhe à entrega; votos impossíveis serem até ali.

Seria aquilo de que falavam os grandes, os loucos, poucos;

Rompi tais cascas, ao cumprir fidelidade à provas tão improváveis.


terça-feira, 6 de março de 2012

Amacolhar

Imagem: Rola Chang




Tudo fala quando silêncio cala .

Um borro de exumado decoro.

O vento sopra próprio alento.


Tempo estático ao conta-gotas, todas possibilidades iguais à acontecer, até ser.
Fadigado em meio palavroso, tantos prolixos mentais dos quais quiçá, já, não mais.
Pois sois clara-mente, ao ver nu, tudo; quando fostes o primeiro à postar-se em sigo.
Não pretendia, não queria, nada dizia à confraria de hipocrisia.
Busca algo mais, além de tais, aquém fugaz, em-fim cais.
Onde nada se toca; casta presença itaoca.
Diz tudo calado; luto à palavra.
Ama com olhar.