quarta-feira, 16 de junho de 2010

...

A lua está linda hoje,

Digna de comemoração,

Digna de você e eu,

Digna de nós.

Seu sorriso largo,

E meu contentamento contente..

terça-feira, 15 de junho de 2010

2 doses

Foto by: mÁRCIOpEREIRA




Ela é daquele tipo que tem um sorriso... uma extensão própria que chega antes de qualquer outra coisa. E foi assim que ela tocou minha porta ás 23hs da noite enquanto eu fingia que lavava louça, bancando o bom menino. Usei essa desculpa da louça e ela a da curiosidade, ao trazer uma garrafa de vinho em suas mãos ao apartamento.
Meio sem jeito de quem queria sair, propus alguns lugares para ouvirmos um som; após um longo beijo, percebemos que não havia outro lugar para ir...
Aflito, procurei o abridor e nada! Mas é incrível como um homem pode ser criativo quando a pressão esta no ar... um parafuso e um alicate serviram deram conta.
Era melhor que o esperado. Vinho e tragadas a meia luz, gargalhadas soltas ao vento e os goles nos deixando mais flexíveis, mais vulneráveis ao som do Blues. Passeando pelas particularidades alheias, éramos espontâneos e sinceros, até de mais frente ás casualidades usuais.
A garrafa estava no final e a noite se desenrolava lenta em flertes intensos, feito tapa na cara. Pudor e poder se confundiam em jogo até então omisso.
Logo que a primeira peça tocou o chão as bocas se calaram, os corpos se tocaram e a troca se tornou íntegra...Pré-verbal. Um fiel pito e um fiel sorriso á brisa congelante de inverno paulista , confirma sua silueta de baixo das cobertas em extasiado encanto.
Bom dia, um bom beijo e o conforto de sentir seu álito amanhecido igual ao meu, único.
Despedida de abraços demorados e dizeres pretensiosos. Sobra-me o café, esperando curar a ressaca, e o ponto final esperando tornar-se reticências...

terça-feira, 8 de junho de 2010

A construção













Durou por dias, meses; mais do que poderia. Agora permanecia em um estado novo, permeável.

Um herói fragilizado pela dúvida de um ato não feito. Eram duas. Não pode fazer a escolha, logo não havia escolha.


..escorrega pelas suas mãos..



Dúvida vazia, vaga e real.



O desespero contornando seu rosto desfaz sua pose e seus trejeitos..

Está ficando tarde e tudo se mostra frio no vale, um som que vai alem da ponte, que vem alem da compreensão. Fingindo silêncio constantemente violável, flutuante.. passado.



Alem da ponte em distâncias in-tângiveis... que te mostram onde parar, onde pular.