quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sopro

Mais um dia frio na metropole.
Tempo cinza e muita leitura pela frente.

Neuróticos, histéricos e dementes.
Psicologia básica do controle.

Com fome vasculho os armarios,
Migalhas, alhos e bugalhos.
pescando algo para comer.

Mas não me espanto a ver que..
não há nada!


Assim como esse dia,
não aparece nada.
Nada de calor, nem dor,

nem novas novidades.
Só o resfrio..
das mãos e pés..
dos cafunes..
do chá que já mornou.
do sol que foi embora

O vazio da vontade de não querer fazer nada, empata.
A cama, minha melhor consoladora, grita meu nome.
E eu grito com ela.
Some,

me deixa trabalhar!

Me deixa descansar do descanso,
me deixa manso.
me deixa..

sexta-feira, 25 de setembro de 2009


O tempo pára, numa manhã ensolarada
No céu, o desenho de uma inerte revoada

Pêndulos de relógio estacionam no meio do ciclo
Uma pausa de um segundo transformada em infinito

Aquele abraço petrificado nunca se desfará
Os olhos jamais perderão o gosto
E enquanto um sorriso é retribuído
Lá fora estações passam, de agosto à agosto

Calme, me acalme,
Almeje, menina
Acalmie, me acalme,
Menina melomania
Rester calme, no sossego desta melodia

Molha a macieira
Colhe a macieza
E não se esqueça da encantada mantilha
Que com delicadeza, contém a frieza
Maravilha que cobre os ombros de calmaria
Maravilha, mentolada melodramia

Loungetude46

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Na fresta estava ela
Vestida de longo aquarela

Chorando sal e ilusão
Trépida na contramão

Meio rosto em meia luz
Induz brecha no silêncio

sábado, 5 de setembro de 2009




Te encontrar

Tem algo de você latente em mim
Latente e nocivo
Intercala meus pensamentos, um a um
Em estado passivo



Te quero.. te procuro em todos os argumentos
Ferimentos chatos e caóticos de guerra
Pulsões do ego contra a essência cega
Me nego, já cicatrizaram.. mas não deixaram de existir



Pois vou arregaçar a carne pra ver de novo
Ouvir aquela musica que certo sofro
Pensar em ti com todo o meu eu
Sentir de uma vez a dor do amor